O coletivo que condenou Ricardo Salgado a seis anos de prisão efetiva por três crimes de abuso de confiança explica na sentença, a que o i teve acesso, que na sua decisão pesaram sobretudo o “estatuto económico” do banqueiro e o facto de “a atividade delituosa” se ter prolongado no tempo.
Já a segunda, no valor de 4 milhões de euros, remonta a 2011, também teve origem no ‘saco azul do BES’ e teve como destino a mesma sociedade sediada no Panamá. Explicação de granadeiro não foi “credível” Em contrapartida, os juízes não dão crédito a várias testemunhas, como é o caso de Henrique Granadeiro. A transferência efetuada por Granadeiro, a 2 de novembro de 2011, e a explicação que o ex-charmain da PT encontrou para a sustentar é alvo de ironia e humor: “Esta explicação seria credível se tal tivesse realmente ocorrido”.
Além disso, ao ser ouvido como testemunha nos autos, Francisco Fino, para lá da explicação diferente que dera no documento de transferência, revelou ainda que também era proprietário no mesmo resort de luxo de uma casa que, apesar de ser melhor do que a de Salgado, não valeria sequer, aos preços do mercado imobiliário brasileiro da época, um milhão de euros.