Na reunião do Infarmed não houve recomendações fechadas nem perguntas diretas aos peritos sobre se o confinamento deve ou não prosseguir para a terceira etapa e em que moldes. Mas nos bastidores cresce a apreensão com os sinais de aumento sustentado do índice de transmissão.
Para Óscar Felgueiras, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e um dos autores do plano de desconfinamento que serviu de base ao Governo, que ontem participou na reunião do Infarmed, a preocupação é não haver ainda dados que permitam avaliar com segurança a situação epidemiológica do país.
Na reunião do Infarmed foram apresentados os indicadores atuais, mas nenhum permite ainda aferir o impacto da segunda etapa do desconfinamento que arrancou na semana passada, com esplanadas de novo a funcionar e as escolas a receber os alunos do 1.º e 2.º ciclo e aumento da mobilidade no geral.
Óscar Felgueiras considera que é preciso monitorizar os indicadores e considera que é sobretudo difícil ter neste momento uma avaliação com segurança da situação. “Neste momento temos vários fatores a afetar a evolução recente e é isso que ainda não se consegue avaliar com segurança”, defende.
Para Manuel Carmo Gomes, o aumento da testagem é o caminho para conseguir um maior controlo da epidemia. O epidemiologista defende que não se deve atribuir o aumento de casos a maior testagem, sublinhando que o RT está a subir há um mês, desde 12 de fevereiro. E mais rápido do que noutras fases da pandemia, o que admite que possa ser resultado da disseminação da nova variante. “A incidência não está a aumentar porque estamos a testar.
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