Esperava-se que a entrevista expusesse mais divisões na família real, mas o que está a acontecer são divergências dentro da"família" da Commonwealth.
Esperava-se que a entrevista expusesse mais divisões na família real, mas o que está a acontecer são divergências dentro da"família" da Commonwealth - uma associação de 54 países, a maioria ex-colónias britânicas, unidos por laços históricos e da qual a rainha Isabel II foi a força motriz.
O objetivo declarado da comunidade é melhorar as relações internacionais, mas o relacionamento da Grã-Bretanha com os membros foi obscurecido por erros diplomáticos e pelo legado do império.Na segunda-feira, num discurso para marcar o Dia da Comunidade, a Rainha falou sobre"o espírito de unidade". Meghan, com origens afro-americanas, disse na entrevista que um membro não identificado da família real havia levantado"preocupações" sobre a cor do filho com Harry quando estava grávida de Archie, e que o Palácio de Buckingham não a ajudou quando teve pensamentos suicidas.
No Quénia, ex-colónia onde, em 1952, a então jovem princesa Isabel estava de visita e tomou conhecimento da morte do pai, ascendendo a Rainha, a notícia da entrevista também começou a aparecer nos jornais do país. "Desejo o melhor para todos os membros da família real, mas o meu foco é combater a atual pandemia [de covid-19]. Se, mais tarde, as pessoas quiserem conversar sobre alterações constitucionais e mudar o nosso sistema de Governo, tudo bem, poderão tê-las. Mas, para já, não falarei sobre isso", frisou Trudeau.