Haverá nos museus portugueses obras cuja proveniência levante dúvidas e que sejam, por isso, suscetíveis de devolução? A questão colocou-se depois de o Presidente da República, num longo jantar com jornalistas estrangeiros, ter sugerido a possibilidade de existirem em Portugal bens que«vamos ver como podemos reparar isto»Não seria caso único.
«A grande maioria das obras de proveniência extra-europeia que o MNAA possui são obras que decorrem do comércio internacional, feitas já na origem para a exportação», explica Joaquim Caetano, diretor do Museu de Arte Antiga. Mas se há lugar para onde confluíram os objetos das antigas colónias portuguesas é sem dúvida o Museu Nacional de Etnologia, no Restelo . Das suas 42.000 peças , 13.500 vieram dos sete países de Língua Oficial Portuguesa, como refere o diretor, Paulo Ferreira da Costa.
, publicado em junho do ano passado, que avaliava em cerca de 100 biliões de dólares os danos provocados pela escravatura. Nesse, só a Grã-Bretanha teria a pagar uma fatura mais elevada do que Portugal, na ordem dos 26 biliões de dólares.O repto lançado por André Ventura na sequência das polémicas declarações do Presidente da Rep]ublica, não tem para já apoios que o possam tornar realidade.
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