Vinte e dois anos depois, Ricardo Salgado saiu da liderança do BES. Enfrenta suspeitas da prática de vários crimes como burla qualificada, falsificação de documento, falsidade informática, fraude fiscal, infidelidade, abuso de confiança, branqueamento e corrupção no sector privado. Tem vários processos no Ministério Público, Banco de Portugal e CMVM.
O antigo primeiro-ministro interrompeu por alguns momentos as férias para falar aos jornalistas sobre a decisão do Banco de Portugal, que anunciou a 4 de Agosto de 2014, um plano de capitalização do BES de 4.900 milhões de euros e a separação dos activos tóxicos dos restantes que ficam numa nova instituição, o Novo Banco.
O ex-administrador do BES José Maria Ricciardi relatou no parlamento, em 2014, que viveu dois anos de "inferno total", devido aos seus esforços para tentar alterar a situação que se ia acumulando no Grupo Espírito Santo. Já em março deste ano, em entrevista ao jornal Público, afirmou que “é verdade que a Justiça demora tempo, mas acaba por funcionar. Não tenho dúvidas que levarão a condenações”.