É grande a excitação em Downing Street no momento em que Boris Johnson se prepara para sair do número 10 e dirigir-se ao palácio de Buckingham, onde a rainha Isabel II o reconduzirá como primeiro-ministro. Com 364 dos 650 lugares na Câmara dos Comuns, o Partido Conservador tem luz verde para fazer sair o Reino Unido da União Europeia a 31 de janeiro de 2020.
Peter Benson sobressai por trazer uma boina azul com doze estrelas amarelas. “Alguém tinha de cá vir dizer que a UE não tem nada de mal”, explica ao Expresso este contabilista irlandês, radicado em Londres há décadas. Mas que causas restam aos europeístas deste lado do canal da Mancha, agora que o Brexit se tornou imparável? “Para já, descansar e recentrar forças. Depois, pensar numa luta de cinco a dez anos para regressar à UE.
Benson refere-se a atividade paramilitar, de que crê haver sinais e que foi o reverso do terrorismo do IRA antes da paz alcançada em 1998. Outro perigo, dado o crescimento de partidos pró-unificação, é a Irlanda do Norte escolher fundir-se com a República da Irlanda, o que a lei prevê após referendo e que permitiria à região ficar na UE. Em 2016 a maioria do eleitorado local votou nesse sentido.
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