Ofuscada pelos recentes acontecimentos que envolvem o seu país e pela forma como se concretizou, a subida ao primeiro lugar do ranking ATP por parte de Daniil Medvedev não teve o impacto merecido. Mas aquilo que o russo logrou merece destaque: é o 27.º tenista a liderar a hierarquia do ténis masculino mundial e o primeiro fora dos “Big Four”.
O dia 28 de Fevereiro assinala o corolário de uma carreira sempre em crescendo do russo, com as consequentes subidas no ranking: top-100 em 2016; top-50 em 2017; top-20 em 2018 e top-10 em 2019, ano em que disputou a primeira final do Grand Slam, no Open dos EUA.
Graças aos resultados recentes, onde se acrescenta a final do Open da Austrália há cinco semanas, aquilo que era um sonho, passou a ser um objectivo para o russo de 26 anos. “Quando se é jovem, pensamos que é impossível e por isso sonhamos com isso. Quando fica perto, sonhamos menos e fazemos mais para consegui-lo”, afirmou Medvedev no início da última semana.
A derrota de Djokovic frente ao checo Jiri Vesely, nos quartos-de-final do Dubai Duty Free Tennis Championships precipitou a situação. Precisamente no dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. “Ver as notícias do que se passa em casa ao acordar aqui no México não tem sido fácil. Por ser um jogador de ténis, quero promover a paz em todo o mundo.
A derrota diante de Rafael Nadal nas meias-finais do ATP 500 que decorreu em Acapulco não impediu o russo de destronar Djokovic. E Medvedev tornou-se no primeiro tenista a estrear-se na frente do ranking desde 2016 e o terceiro russo a ascender ao primeiro lugar do ranking ATP criado em 1973 – imitando Yevgeny Kafelnikov, que, em 1999, liderou durante seis semanas, e Marat Safin, que, entre 2000 e 2001, ocupou a posição por nove semanas.
Estás a tentar meter gasolina no fogo...oh! Público não é baixo mas é Gambling... maroto!