Dalila Rodrigues, a nova ministra da Cultura do XXIV Governo Constitucional, era até aqui diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, os dois monumentos nacionais mais visitados do país.
Quando saiu da instituição, em Lisboa, em agosto de 2007, foi aplaudida por dezenas de pessoas que lá se tinham concentrado em seu apoio. A sua não recondução no cargo prendia-se com divergências de base quanto ao modelo de gestão e de autonomia financeira e administrativa, em relação ao antigo Instituto dos Museus e da Conservação.
Dalila Rodrigues, agora indicada para ministra da Cultura, foi também diretora da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais .
Em junho do ano passado, em declarações à Lusa à margem da apresentação pública, em Lisboa, do plano de reestruturação da área do património cultural, Dalila Rodrigues, que reforçou a defesa da autonomia dos museus, disse também que, na altura, não tinha ficado totalmente esclarecida sobre como iria operacionalizar-se aquela autonomia de gestão, sob o novo modelo, nem como iria ser decidida a dotação...
A Museus e Monumentos de Portugal E.P.E tem uma lógica empresarial na gestão dos museus, palácios e monumentos nacionais que têm à sua guarda tesouros nacionais, coleções de referência, monumentos ou conjuntos inscritos na Lista do Património Mundial da UNESCO. Dalila Rodrigues lembrou, no entanto, em junho do ano passado, que a aplicação daquele decreto-lei, até àquele momento, não se traduzira em autonomia e não tinha sido realizada dotação.
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