O Movimento Ação Ética nasceu a 1 de janeiro de 2021 para ajudar a combater a “indiferença cívica”, o “relativismo ético” e o “défice de responsabilidade pessoal e social”. Um ano depois já contabilizam mais de uma centena de novos membros para continuar a ajudar a refletir sobre “aspetos determinantes” para o futuro coletivo.
Desenhámos várias ações, primeiro um conjunto de ações de divulgação: demos algumas entrevistas, elaborámos alguns documentos, tomámos posição sobre algumas coisas. Foi quente a questão, por exemplo, das votações sobre a eutanásia.
Que questões fundamentais são essas que têm de ser esclarecidas para que os eleitores votem em consciência? Há muitas pessoas que olham superficialmente para os temas e têm de ouvir os argumentos. São temas demasiados sérios, são temas, em nossa opinião, civilizacionais. O que está aqui em causa serão para muitas pessoas opções religiosas, para outras opções culturais, mas em nossa opinião são muito mais profundas do que isto.
Eu acho que isso é imprescindível, tem de ser clarificado e de uma forma fundamentada. Estas coisas não são 'sim ou não', estas coisas têm sustento, têm por trás um pensamento, e esse pensamento liga-se a outras coisas. Ou seja, a partir de uma determinada posição sobre um tema destes, nós inferimos que muitas outras coisas andam aí à volta e podem estar em causa.
Evidentemente que estes temas importantes, que tocam em coisas muito profundas, têm de ser assumidos nos programas eleitorais. Claro que a maior parte das pessoas não tem o tempo suficiente para ler os programas dos partidos de A a Z, mas há resumos, os próprios jornalistas o fazem, e só podem fazer um resumo baseado no que está lá escrito.
Portanto, a objeção de consciência é um último reduto, e nós chamamos já a atenção para isso.
Ter tolerância pela diferença não significa impor uma ideologia que, na nossa opinião, existe neste momento, no sistema educativo oficial. É um aspeto que tem de ser clarificado. Quando se diz que não se concorda com a ideologia de género, parece que quem pensa dessa maneira é contrário à aceitação da diferença.
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