Das centenas de mutações do SARS-CoV-2 detetadas durante a pandemia, a atenção das autoridades de saúde recai em quatro variantes de preocupação – Alpha, Beta, Gamma e Delta – presentes em Portugal com transmissão comunitária.
Uma variante é considerada de preocupação quando se verifica uma ou mais das seguintes condições: maior transmissibilidade do vírus, aumento da virulência ou alteração clínica da doença e diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, dos diagnósticos, das vacinas e dos tratamentos disponíveis.
No entanto, o instituto prevê que a Delta, que apresenta múltiplas mutações na proteína `spike´ que faz com que apresente uma maior capacidade de transmissão e de evasão ao sistema imunitário, possa ultrapassar a Alpha nas próximas semanas. Também o virologista Pedro Simas considera que, até agora, não houve uma variante do coronavírus SARS-CoV-2 que “quebrasse o efeito protetor” das vacinas contra a covid-19, sublinhando que são todas eficientes a prevenir a doença grave e a morte.
Na véspera, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, disse que estão a surgir provas que demonstram que a variante Delta do coronavirus SARS-CoV-2 “diminui a força do escudo protetor” criado pelas vacinas, instando à aceleração da vacinação completa da população. Segundo a OMS, o SARS-CoV-2, que causa a covid-19, tende a alterar-se mais lentamente do que outros vírus já conhecidos, como o Influenza que causa a gripe.
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