O número é inédito em Espanha: em março, o comércio de vestuário caiu 70% no mercado espanhol. E faz soar as campainhas de alarme na indústria têxtil lusa, que tem no vizinho ibérico o seu melhor cliente, com quase 30% das exportações.
Dados provisórios da Associação Comercial de Têxteis, Acessórios e Couro , incluída no Indicador de Comércio de Moda, mostram que a as vendas das lojas caíram a pique num mês em que só fecharam as portas nas duas últimas semanas. “Com o fecho das lojas as vendas são zero e no canal online são apenas residuais”, uma vez que “os consumidores não estão dispostos a comprar roupas que não poderão usar”, diz a Acotex.
E, como associações congéneres na Europa, a Acotex “exige medidas urgentes e específicas"."Precisamos de liquidez e de uma solução para o pagamento de rendas comerciais que não podemos enfrentar com as lojas fechadas”, sustenta esta estrutura associativa. Um grupo de mais de cem cadeias de moda espanhola, em que pontuam nomes como Mango e Adolgo Dominguez, organizou-se para concertar posições na negociação com os proprietários das superfícies comerciais, que ocupam designadamente centros comerciais, na tentativa de encontrarem uma solução consensual para as duas partes.
Do lado português, os dados das exportações do sector mostram que fevereiro fechou com uma quebra superior a 3% no mercado espanhol.
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