Presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude alerta para os efeitos da corrupção ao mais alto nível: promove a evasão fiscal, aumenta a abstenção eleitoral, afasta os mais qualificados da política e ameaça a própria democracia.
Desde logo, estamos a falar de um fenómeno que é tendencialmente oculto. Os casos que se sabem são apenas uma parte do todo e, dessa parte, apenas alguns são mediatizados, designadamente quando envolvem figuras da vida política e de destaque na vida social. Se se demonstrar que são verídicos, são situações particularmente graves ao nível da gestão de entidades, organizações, que devem ser respeitadas, devem ser credíveis. Todos estes sinais desacreditam as instituições aos olhos dos cidadãos.
Até o facto de, por exemplo, nesta altura os dois maiores partidos estarem com problemas sérios, não passa também a ideia para as pessoas de que, afinal de contas, são todos iguais e eventualmente alguém pode tirar lucros dessa ideia? Quem é que favorece esta ideia generalizada de que Portugal é um país de corruptos, sobretudo na política? Há interesses políticos ou económicos? Ou em atos eleitorais, quem sai a ganhar?
É um contexto propício a esse tipos de mensagens. Questionamo-nos, Portugal é só corrupção? Era bom que fosse, mas não é. Nós temos problemas, muitos associados à corrupção e se controlarmos melhor a corrupção, outros acabam também por ser menos expressivos.
O país tem adotado medidas normativas, até por via das convenções que se tem vinculado em termos da Europa, mas depois tem-se verificado alguma dificuldade na concretização efetiva, no acompanhamento, na execução no terreno dessas medidas. É uma área que pode ser melhorada, com um envolvimento maior das instituições, e há instituições de controlo que devem fazer o acompanhamento.
Este tipo de sinais prejudicam as instituições.
Ao demitir-se, por saber que estava envolvido num determinado processo onde ainda nem sequer foi constituído arguido, António Costa, o Primeiro-Ministro, não colocou a fasquia de tal modo elevada que depois, em situações como a de Miguel Albuquerque, não restam muitas saídas?
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