“Corri 400 metros debaixo de fogo”. A história de um dos feridos mais graves da tragédia de Pedrógão Grande

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Carlos Guerreiro estava a tomar café minutos antes de viver o pior dia da sua vida. Passou mais de quatro meses em coma, e oito sem ver o filho que entretanto nascera. Hoje, não vê um só culpado pela situação, mas confessa a mágoa com o Presiden...

Carlos Guerreiro estava a tomar café minutos antes de viver o pior dia da sua vida. Passou mais de quatro meses em coma, e oito sem ver o filho que entretanto nascera. Hoje, não vê um só culpado pela situação, mas confessa a mágoa com o Presidente da República e o primeiro-ministro

Por volta dessa hora já havia relatos de fogo, e foi no café onde estava, à altura com 44 anos, viu as primeiras chamas: “Assisti ao primeiro incêndio com os meus próprios olhos, enquanto bebia café”. Eram cerca das 17:00 quando o homem conseguiu chegar à estrada, na altura já completamente cercada pelas chamas: “Corri cerca de 400 metros debaixo de fogo sem saber se saía de lá, mas sempre na esperança de conseguir”, diz.

Passados 15 a 20 minutos de estar ali chegaram os bombeiros, que rapidamente o socorreram. Foi uma ambulância da corporação de Pedrógão Grande que o levou para a helipista de Figueiró dos Vinhos, de onde estava programado sair de helicóptero para o Hospital de Coimbra. No entanto, uma emergência relacionada como criança acabou por lhe trocar as voltas, e acabou por ser transportado de ambulância até ao hospital.

Ao todo foram oito meses em Valência, tempo durante o qual foi submetido a 20 cirurgias de reconstrução só na zona da cabeça: “Estive oito meses em modo múmia, com ligaduras em todo o corpo”. Ainda assim, a alegria de conhecer e poder abraçar o filho pela primeira vez fizeram-no suplantar esse sentimento.Do Hospital de Coimbra muda-se para uma unidade de continuados em Pedrógão Grande, onde deveria ter ficado seis meses, de março a setembro de 2018. Mas Carlos Guerreiro não aguentou mais hospitais, e, ao fim de dois meses, ainda na cadeira de rodas, pediu alta voluntária.Apesar da revolta, Carlos Guerreiro diz que não há só um culpado.

A mágoa estende-se a António Costa, que “foi a Figueiró dos Vinhos e não me disse nada”. Carlos Guerreiro esperava uma visita do primeiro-ministro à charcutaria que tinha na altura, mas a mesma não aconteceu.

 

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