Membro da SEDES e ex-ministro da Economia diz que Orçamento do Estado"não deve ser expansionista" e alerta para riscos no aumento de salários acordado entre Governo e parceiros sociais.Uma reforma fiscal fora do Orçamento do Estado, contas certas ou contas boas, reabilitação em vez de construção e os alertas sobre as subidas dos salários.
Não sendo o OE o lugar exato para corrigir tudo, deveria moderar a carga fiscal, e depois fazer uma reforma fiscal coerente, e aprovada por uma maioria. Esse aumento de despesa pode traduzir-se em mais inflação, por isso eu acho que deve haver muita prudência nesta altura. Sobre a questão das contas certas, que é uma expressão de que eu não gosto, interessa saber se são contas boas. Qual é a qualidade da despesa e da receita. Um défice mais alto pode ser melhor do que um défice mais baixo.
Defendemos que se dê prioridade ao mercado de arrendamento e, sobretudo, que se aproveite bem o que já está feito. Isto implica que o Estado use bem o seu património, aquele que já está construído e algum tem que ser recuperado. Não posso qualificar dessa ou de outra forma, porque não conheço o interior das negociações. Preocupa-me, por exemplo, o facto de a CIP, que uma organização muito relevante para o nosso crescimento, não tenha aderido por motivos que eu acho que são relevantes.
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