Netflix : Com a ajuda de The Queen’s Gambit, o xadrez virou a nova moda da pandemia
Com os confinamentos, totais ou parciais, cada vez mais pessoas se têm virado para o xadrez como forma de entretenimento. Mas a popularidade da série da Netflix levou este jogo a uma nova vaga de entusiastas.
streamingusada primariamente para transmissão de videojogos – mais de 50 milhões de pessoas viram o torneio. Tornou-se o evento de xadrez mais visto de sempre.Mas o fenómeno em torno deThe Queen’s Gambitnão influencia apenas o mundo do xadrez. A série passada em torno de Beth Harmon também conta a história de uma mulher que tem de ultrapassar um conjunto de dificuldades pessoais para ter sucesso num mundo completamente dominado pelos homens. E é por isso que muitas mulheres também se tornaram fãs da série, por esta retratar uma luta constante.
“Ela entra por ali, motivada pelo seu intelecto e pelo seu amor por algo e não deixa que essas barreiras a travem. É muito empoderador, especialmente nestes espaços onde sentes que não consegues sobressair porque queres ser incluída e não excluída. E ela diz-te que não há problema”, disse Selena Lucien ao
Washington Post.Lucien é uma jovem advogada canadiana, viciada em xadrez online. Na ânsia de não querer perder partidas, atrasa-se para encontros. Nunca jogou muito xadrez quando era mais nova, mas revê-se na personagem de Harmon quando se trata de tentar ganhar em desportos masculinos. Quando quis jogar xadrez com outros rapazes, circunstâncias familiares não a deixaram progredir no desporto. headtopics.com
Mas chegou a covid-19 e tudo se alterou. Entrepodcastse passeios de bicicleta, Lucien passou a usar a aplicação do chess.com e viciou-se no jogo, abrindo a aplicação entre chamadas com clientes.Nos diferentes eventos da actualidade, Lucien começou a perceber o xadrez simboliza mais do que um desporto. Há
gambits– a jogada inicial em que o jogador sacrifica um peão para ganhar uma determinada vantagem – por todo o lado e Lucien passou a traduzir jogadas políticas, como nas eleições americanas ou na resposta canadiana à pandemia, como
gambits. Sacrifícios para chegar a uma vantagem.O melhor do Público no emailSubscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público.×FotoE para a jovem advogada, o mundo polarizado e masculino tornou-se mais simples de perceber e desconstruir quando passado para os 64 quadrados do tabuleiro. Há regras, há limites para jogar e os confrontos são sempre um contra um.
Mais popularesA carregar...“Na vida, é muito difícil ultrapassar essas barreiras. Entras numa sala e já existem concepções contra ti. No xadrez, nada disso importa”, afirmou Lucien ao Consulte Mais informação: Público »