também é um filme de bonecos, mas já não aqueles que sabíamos identificar imediatamente como tal, antes uns desenhos hiper-realistas que se querem aproximar da estética BBC Vida Selvagem e que não evitam um certo absurdo quando a boca dos leões se mexe para falar.
Apagam-se de vez as luzes, a sala mergulha no breu e no silêncio. Rebenta então o canto tribal e nasce o sol na savana africana. A reacção daquelas amigas é curiosa.
Só uma certeza: o cinema é para elas uma experiência colectiva muito diferente do que foi durante cem anos. Não é só estar numa sala com outras pessoas a partilhar com estas um caminho desconhecido que para cada um trará diferentes saídas. É um colectivo que transcende o espaço físico da sala. Aqueles vídeos vão parar ao Instagram, o relato do filme é feito em directo no WhatsApp.
A que dose de irrealidade nos permitimos? Neste cinema passa um vídeo em que uma voz vai dizendo que vimos ver filmes para nos afastarmos da realidade, para não pensarmos nos problemas e no transporte para casa, para suspendermos o mundo durante um par de horas. Conseguimos alcançar a irrealidade se trazemos a nossa realidade para dentro da sala? Ou o cinema não é sítio onde se vá procurar irrealidade? Pode também ser que esta relação com as redes sociais, aqui tomada como extensão do mundo dentro da sala, seja o contrário e que o filme projectado e a vida lá fora sejam a mesma amálgama, simultaneamente real e irreal.
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