O dia 17 de junho de 2017 mantém-se presente e emociona quem o viveu. Muitos já não querem falar mais, outros contam o que ainda hoje os inquieta: porque é que os bombeiros e ambulâncias demoraram? Como é que não havia comunicações? O estado da floresta revolta. “Em termos de segurança, está pior do que estava”.
Não há mais palavras. Acompanha-o a imagem da neta no colo da avó. “Passadas seis horas, ainda não havia uma ambulância para socorrer a mãe”. A madeira dos incêndios foi tirada, mas outra ficou e mesmo de trabalhos que parecem recentes veem-se aqui e ali muitos restos de madeira caída. “Os eucaliptos cortam-nos, deixam lá a raiz e voltam a rebentar”.
“Primeiro apareceu uma pessoa a dizer que o fogo estava no campo de São Mateus, em Pedrógão Grande. Passado um bocado vieram dizer que fogo tinha passado Ponte Pera. Víamos o fumo ao longe. De repente aparecem bombeiros com três feridos, começaram a dar-lhes água aqui. Vejo-os discutir entre eles, não tinham comunicações. Como era possível não terem comunicações?”.
Estas são as interrogações que continuam. Quanto ao que mudou em cinco anos, Nelson diz o que outros vão desabafando. “Está tudo na mesma ou pior. Há sítios onde vêm arranjar e está melhor um bocadinho, mas após o fogo, vieram plantar eucaliptos de novo. Só não plantaram eucaliptos no alcatrão porque não podiam”, atira. “Até para aí ofereceram eucaliptos e adubos aos lavradores que foi um disparate”.
No centro de Nodeirinho, há o memorial erguido em memória das vítimas, o tanque com a água a correr e silêncio. Placas colocadas depois do incêndio indicam onde estão os pontos de água mais próximos. Também ali nos dizem: “Como é que isto está? É só ver: é mato, eucaliptos, acácias”.
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Cinco anos depois: vítimas dos fogos de Pedrógão Grande ainda necessitam de apoios de saúde mentalO incêndio deixou “marcas densas, emocionalmente marcantes para as comunidades, que ainda subsistem de uma forma muito intensa, apesar de todo o trabalho e apoio que se tem desenvolvido”, dizem os especialistas
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