Horas depois do anúncio do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após 11 dias de guerra, a Cidade Velha de Jerusalém era palco de distúrbios: centenas de palestinianos atiravam pedras e bombas de petróleo, segundo fontes da polícia, enquanto recebiam, como resposta, balas de borracha. Idêntico cenário observava-se em várias cidades da Cisjordânia.
Com as duas partes a reclamar vitória — não exatamente das populações, dos quase 300 palestinianos, entre os quais 66 crianças, ou dos 12 israelitas que morreram, mas do Hamas e de Benjamin Netanyahu, cada um pelas suas razões —, muitos analistas questionaram a solidez deste cessar-fogo em grande parte estimulado pelos Estados Unidos e pelo Egito.
Por outro lado, Benjamin Netanyahu, escudado pelo Iron Dome — o sofisticado sistema antimísseis israelita —, lançou uma ofensiva"contra alvos específicos" que causou numerosas baixas civis, baseando-se no direito de Israel a defender-se.