Calor extremo em Itália aumenta receio de mais fogos

três dias de luto nacionalO nome Lucífer, que batiza o anticiclone responsável pelo calor abrasador que atinge o sul de Itália, não podia ser mais ajustado. A Sicília enfrenta violentos incêndios florestais. Alguns, suspeita-se, originados por fogo posto, mas alimentados pelas elevadas temperaturas e ventos fortes. Na região montanhosa perto de Palermo, as chamas destruíram campos agrícolas, habitações e edifícios industriais.

O anticiclone Lucífer está a deslocar-se para norte e são previstas temperaturas de 40 graus nas regiões centrais da Toscânia e da Lázio, onde fica Roma.Na Grécia, a onda de calor deu tréguas e inclusive choveu na flagelada ilha de Évia. Ao fim de mais de uma semana de terror, a situação está dada como controlada nas zonas costeiras.

Alvo de críticas pela falta de meios no combate aos incêndios, o Governo grego defende-se sublinhando que a prioridade foi salvar vidas humanas.Do outro lado do Mediterrâneo, o norte da Argélia está desde segunda-feira a ser atingido por incêndios florestais que já causaram a morte de dezenas de pessoas, 28 das quais militares mobilizados para o combate às chamas. Outros 12 soldados estão em estado crítico.

A região montanhosa e litoral de Cabília está a ser particularmente fustigada por fogos que deflagraram em simultâneo, em dezenas de locais afastados.Ainda na região magrebina, a Tunísia registou temperaturas próximas dos 50 graus e incêndios em várias regiões. Um contingente militar foi destacado para a zona florestal, a 150 quilómetros da capital, Túnis, para travar o avanço das chamas.

Na região russa de Yakutia, o fumo provocado pelos fogos florestais, que lavram há semanas na Sibéria, está a provocar sérios problemas de saúde aos habitantes da cidade.

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