Brasil. Quase 800 pessoas foram mortas pela polícia no estado do Rio de Janeiro nos últimos nove meses

, autorizando apenas ações “absolutamente excecionais”. Mais: se ocorrerem as tais operações policiais excecionais, essas mesmas deveriam ser “devidamente justificadas por escrito pela autoridade competente, com a comunicação imediata ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”.

Apesar da matança que os números agora revelam, as investidas da polícia local nas comunidades caíram 64% entre junho e setembro, quando comparadas com o período homólogo dos últimos anos, revela o relatório de um grupo de trabalho da Universidade Federal Fluminense , em que se fundamenta o artigo do diário britânico. Essa tendência foi revertida em outubro, com a entrada em campo de Cláudio Castro, o novo governador do Rio de Janeiro.

. Witzel, que entrou no gabinete de governador do Rio de Janeiro em 2018, prometeu guerra com mão dura contra os criminosos. Castro terá optado por seguir uma linha de atuação semelhante à do antecessor.Ao “Guardian”, um dos autores do relatório e professor de Sociologia da UFF, fala em “absurdo”. E acrescenta: “A mais alta Corte toma uma decisão e as autoridades políticas não a respeitam, violam-na deliberadamente.

A maioria das vítimas que morrem às mãos da polícia do Rio de Janeiro, que mata anualmente duas vezes mais do que as forças dos Estados Unidos, são negras ou mulatas. O jornal inglês cita o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019, que indica que 75,4% das mortes registadas entre 2017 e 2018 eram pessoas negras e mulatas. O mesmo organismo assinala que os negros representam 55% da população.

De acordo com o mesmo documento do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública , os negros têm 23,5% mais probabilidades de serem mortos do que a restante população, um número que dispara para 147% se apenas tidos em conta os jovens com 21 anos,.

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