No seu discurso nas Nações Unidas, na última terça-feira, Bolsonaro expôs o seu negacionismo em relação à covid-19, defendeu o uso de fármacos sem eficácia comprovada contra a doença e pôs-se ao chamado"passaporte sanitário".
O facto de Michelle Bolsonaro ter sido vacinada nos Estados Unidos gerou uma onda de indignação no meio político, que se manifestou principalmente numa Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava possíveis irregularidades cometidas pelo Governo na gestão da pandemia, que já matou quase 593 mil brasileiros e ainda não está controlada.
"É muito triste. É outra página triste da recente história nacional", acrescentou o senador, numa clara alusão ao negacionismo com que o Governo e o chefe de Estado trataram a pandemia."Felicito a senhora Michelle, que, ao contrário do marido, se vacinou", mas"alguém deveria ter-lhe dito que a vacina aplicada nos Estados Unidos é a mesma aplicada no Brasil", disse.
""Se for verdade, é um absurdo. As vacinas licenciadas no Brasil são seguras. Não há motivo para fazer esse tipo de distinção. Ela tinha direito aqui. Eu não entendo a motivação. Não há motivo nenhum para isso", disse, por sua vez, Renato Kfouri, infetologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização.
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