Ministro da Economia, António Costa e Silva.Tem acesso livre a todos os artigos do Observador por ser nosso assinante.
Há empresas que estão a viver “graves problemas de tesouraria” por estarem há ano e meio à espera dos apoios prometidos pelo Estado, incluindo casos de empresas que o Governo incentivou a produzir artigos de combate à pandemia e, agora, nem sequer estão a conseguir obter resposta às tentativas de contacto que fazem à administração central.
. Um caso é o da empresa Love in a Box, que produz casinhas para crianças – quando a pandemia começou, ajustou a produção, fez os investimentos e há 18 meses que os apoios prometidos não chegam. A presidente, Susana Silva, diz estar a viver um “pesadelo kafkiano” depois de ter hipotecado duas casas e ter “metido tudo o que tinha” na empresa – “se não me pagarem rapidamente, não sei o que vou fazer”, disse a empresária ao JN.
Está longe de ser caso único, diz Luís Miguel Ribeiro, da AEP. “Não é incomum haver atrasos de ano e meio no pagamento dos apoios”, afirma o responsável, alertando que se as coisas não mudarem a execução do Plano de Recuperação e Resiliência não será bem sucedida. “As agendas mobilizadoras do PRR ainda não estão aprovadas, quase um ano depois.
E porquê esta falta de resposta? “O Estado quer fazer milagres, quando tem falta de pessoal qualificado” na Agência para a Competitividade e Inovação , na Agência Nacional de Inovação e na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal , afirma Francisco Martins, responsável da Reward, uma consultora especializada em candidaturas a programas comunitários.