Nos cuidados intensivos do Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte não podem entrar telemóveis. Todos os pedidos de medicamentos, equipamentos, de reforço de médicos ou enfermeiros são feitos por um serviço de rádio para garantir a máxima segurança.
“Ainda está entubado, ventilado e tem um percurso clínico” prolongado, mas que “reproduz o que tem sido divulgado e partilhado pela comunidade médica e que, no fundo, é a experiência que temos tido em vários países relativamente a esta doença”, disse à Lusa o director do Serviço de Medicina Intensiva, João Miguel Ribeiro.Mário Cruz / Lusa
O risco de contagiosidade e infecciosidade desta doença implicou uma “exigência acrescida” por parte dos serviços médicos, das estruturas hospitalares e da própria comunidade, disse o médico. Foram criadas zonas de contenção nos hospitais e a necessidade de os profissionais usarem equipamentos de protecção especial que, no caso dos cuidados intensivos, obriga a um ritual rigoroso.
A Lusa pôde assistir à colocação de um doente em posição de “decúbito ventral” para melhorar a sua oxigenação que obrigou a um verdadeiro trabalho de equipa.No final, uma enfermeira precisou de abrir por segundos uma janela para respirar o ar vindo da rua e quebrar a pressão que às vezes se sente naquele espaço, onde se luta pela vida, mas onde também impera a serenidade e a camaradagem entre a equipa.
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