No passado dia 13 de junho tive o prazer de ouvir no podcast “Perguntar não ofende” de Daniel Oliveira, Pedro Gomes, professor na Universidade de Birkbeck, falar sobre a semana de quatro dias. Gostei imenso de o ouvir porque me ajudou a organizar as minhas próprias ideias sobre o tema.Em primeiro lugar não há nenhum motivo económico para a economia ter que funcionar, na maioria das atividades, em cinco dias.
Sim, tudo indica que a redução para quatro dias de trabalho semanal levaria a um aumento da produtividade/hora em mais do que 20%, o que implicaria um aumento da produção total. E porquê? Por um lado, porque os trabalhadores estariam mais descansados, mais alerta e menos propensos a cometerem erros. Além disso reduzir-se-ia o absentismo e melhorar-se-ia a saúde mental dos trabalhadores.
Na minha opinião, isto poderia ser feito com uma redução de salário inferior à diminuição das horas , o que significaria um aumento do salário por hora. Esta opção seria muito mais eficaz do que a redução do horário semanal. Pouparia tempo e custos de deslocação do trabalhador para o local de trabalho, e a produtividade marginal aumentaria mais com um dia de folga adicional do que com menos uma hora de trabalho diária.