A única boa surpresa na aprovação do processo da TAP, e que estranhamente o ministro Pedro Nuno Santos não destacou, foi a necessidade de haver concorrência no Aeroporto de Lisboa - a TAP não poderá dominar aquela infraestrutura. Os turistas e consumidores em geral não precisarão da companhia de bandeira.
A decisão é algo incompreensível, mas dá ideia de que, enquanto a"borrada" for nossa, enquanto for o nosso dinheiro e o dos nossos filhos, a autoridade da concorrência europeia não se mexe; quando o apoio da TAP tocar na concorrência internacional, teremos oposição de Bruxelas. O que se esperava da Comissão era que questionasse como é que um acionista de recursos praticamente ilimitados confere condições fora de mercado , distorcendo as mais banais regras de concorrência, já que as demais empresas não conseguem ter estas condições. Mesmo em pandemia, os apoios concedidos foram sobrevantajosos para a TAP.
Os detalhes completos ainda não são conhecidos, o processo encontra-se sob segredo. Porém, a acreditar nas interpretações do ministro da TAP, a única exigência relevante é a de libertar 18 slots, permitindo a entrada de outras companhias ou rotas no espaço aéreo nacional.
Resumindo: nenhuma instituição nacional ou internacional se preocupa com os bens públicos e a solidariedade que nos liga uns aos outros. Estamos a falar de quatro mil milhões gastos com um capricho. Não há falha de mercado. Nem os turistas deixarão de ser servidos. Aliás, estes terão de ser servidos a 50% por outro operador em Lisboa.
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