Há ideias temáticas que espanta nunca terem sido exploradas em todo o seu potencial nas ficções de cinema e televisão que por cá se fazem. Uma delas é a realidade portuguesa dos anos da II Guerra Mundial, com o seu rol de refugiados, espiões, carestias, a Exposição do Mundo Português a fazer festa e brilho enquanto a Europa estava a ferro e fogo e as grandes comédias lusas nos ecrãs.
É bom ver agora estrear em televisão uma série que cai em cima dessa época, sobretudo pela vertente das redes de espionagem que, em Portugal, se cruzavam, entre obediências alemãs, fidelidades britânicas, a polícia política portuguesa em movimento e a dificuldade dos tempos a facilitar venalidades, corrupções.
Diga-se, à partida, que se trata de uma grande aposta da Ukbar Filmes e da RTP , visível, desde logo, na reconstituição de época, particularmente difícil no capítulo dos exteriores.
Nada a dizer a respeito de guarda-roupa, cabelos, adereços, relacionamentos sociais, fatores essenciais para que o espectador mergulhe noutro tempo e se atenha ao desenvolver da ação em vez de tropeçar em detalhes incongruentes.
O elenco, muito sonante e encabeçado por Daniela Ruah, Maria João Bastos, Diogo Morgado, Adriano Carvalho, Marco d’Almeida e António Capelo, tem em geral arcaboiço que baste. “A Espia” permite, aliás, a Diogo Morgado a melhor interpretação que dele lembro, num engenheiro alemão das minas de volfrâmio que se vai revelando uma surpresa — sobretudo nos episódios terminais da série onde muitos volte-faces acontecem.
Cadinski
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