Os gritos das gaivotas nazarenas abafam a voz frágil da síria May Kabuk. Com vergonha do seu português, um pouco débil, fala baixinho. Está a tentar enumerar os problemas da vida, o que lhe leva o sono por estes dias.
May é muita gente. Chegada da síria em 2016, tem 31 anos e, aconteça o que acontecer, não pode voltar. “O meu pai quer roubar-nos, temos de esperar muito tempo para ir ver a avó”, diz Shahd, 13 anos, filha de May. Parece claro que o ex-marido mete medo a toda a família. Os miúdos falam dele, capazes como são de transformar o mal num vilão de BD que podem destruir com sabres incandescentes e amizades superpoderosas.
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