Na fila do supermercado, os olhares constrangem. Logo começam os sussurros, que vão ficando mais altos e até parecem indiretas. ‘Aqui é preferencial’, diz uma voz em tom de aviso, mas a mãe já sabe como responder: ‘sim, minha filha é autista’. ‘Nossa, mas ela é tão linda! Como pode ser autista?’, rebate o questionador.
A adolescente recebeu a confirmação ainda na primeira infância e, desde então, convive falas como essa. A mãe atribui os episódios aos estereótipos que, por muito tempo, predominaram entre os diagnósticos. “O que se tinha em mente, até uns 10 anos atrás, é que o autista era aquela pessoa que balançava em pêndulo, balançava a mão, não falava. Era um autista clássico, digamos”.
Roselane Gomes da Silva é mãe de Luan Ronaldo, de 10 anos, e viveu na pele a situação descrita por Andrea. O diagnóstico do filho veio cedo e, aos 6, ela percebeu que o menino precisaria de um professor auxiliar. Levou os laudos, mas ouviu que deveria ouvir outro médico. Foram para a consulta, mas não receberam o atendimento que esperavam.
Se com as crianças a falta de compreensão já é barreira, entre os autistas adultos e de alto funcionamento pode ser tão difícil quanto. “Já ouvi ‘não brinca com isso’ quando contei que sou autista, porque eu falo sobre muito numa boa. As pessoas, às vezes, acham que não é sério.
Thais Martyr, de 37 anos, também convive com a invalidação de seu diagnóstico. Principalmente porque seu perfil profissional dificilmente seria associado às pessoas com TEA, o que é um engano. É formada em gestão de pessoas, tem pós-graduação e MBA na área de negócios e, ao lado da esposa, é proprietária de franquias odontológicas. Somando funcionários e fornecedores, administra mais de 70 pessoas.
O diagnóstico que só vem na vida adulta, aliás, também é uma consequência da falta de informação. O que poderia se resumir em um ‘antes tarde do que nunca’, acaba virando sinônimo de uma incerteza que atrapalha um direito básico a todo ser humano: a dignidade. Ao longo da vida, Fernando Silva se sentiu deslocado, diferente.
Acho que é mais desconhecimento que preconceito.
Tem professor que não acredita em mim. Hehe Além de um mundo de gente
Hahahahahaha tô passando isso com minha filha de 7 anos com diagnóstico recente. O povo 'nossa, mas ela é tão inteligente, nem parece autista'. 🥴
icarokeys
É exatamente igual a: “ você não tem cara de gay “
As pessoas confundem transtorno com síndrome
É a mais pura realidade!
Aqui em Pernambuco criaram uma verdade indústria de 'autismo' para obterem aposentadoria do INSS. Tem milhares de crianças aposentadas por 'autismo'. Várias de até 1 ano de idade
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