Depois de horas de um sobe e desce que parecia interminável no mar, veio uma calmaria cheia de significado. A cabine, fechada por dois blackouts, era tomada por uma escuridão artificial, já que as noites são totalmente claras no extremo sul do planeta nesta época do ano. Certo do que encontraria do lado de fora, pulei da cama e corri pra sacada do navio.
O nome é uma homenagem ao explorador britânico sir Francis Drake, segundo homem a dar a volta completa no planeta. Durante a noite, o navio Viking Polaris foi atingido por uma onda gigante que destruiu várias janelas e feriu outros quatro passageiros. As informações foram dadas pela própria empresa que organizava o cruzeiro.
Isso acontece poucas horas depois, mas com um preparo feito com antecedência e bastante rigor. Toda a roupa que usamos na Antártida era fornecida pelo navio ou passava por uma minuciosa limpeza. Os bolsos das calças eram esvaziados, botas foram desinfetadas e até os equipamentos de gravação tinham que ser higienizados. Tudo para evitar a contaminação de um dos últimos lugares intocados do planeta.
Na ilhota, também vive uma enorme colônia de pinguins da espécie gentoo. Eles andavam por todos os lados, daquele jeitinho que a gente vê nos filmes e desenhos animados. Nunca imaginei que tanta vida coubesse em menos de um quilômetro quadrado. Dizem pelos lados da Antártida que há uma tradição, criada há muito tempo por viajantes, chamada de Polar Plunge. No bom português: um mergulho polar. Olha, não tem muito o que explicar… Basicamente, visitantes com roupas de banho pulam do navio direto no mar congelante da Antártida.
Saímos em disparada, ansiosos. Mas, ao chegar mais perto, o comportamento teve que ser o extremo oposto. Motores desligados, todos sentados e falando baixo. Por um motivo: duas baleias estavam bem na nossa frente… dormindo! Divididos em duplas, botamos nosso preparo físico à prova e remamos sem descanso até a primeira parada: Damoy Point. Você acreditaria se eu dissesse que deu pra sentir calor na Antártida? Pois deu.
Começamos a manhã massacrados pelo vento e pela neve. Mais uma vez, a Antártida não parecia disposta a nos deixar conhecê-la. Mesmo assim, embarcamos no bote e desbravamos a região de Foyn Harbour.
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