Um telefonema inesperado de um amigo, às 22h50 do dia 26 de julho, levou o taxista Marcelo Fraga, de 52 anos, a assumir o papel até então inimaginável de parteiro. Motorista há 33 anos, Fraga atendeu ao telefone e recebeu a missão de ajudar a estudante Estefanie do Nascimento, de 17 anos, a chegar à Maternidade Escola da UFRJ, em Laranjeiras, para o parto da pequena Nicoly, hoje com quatro meses.
O banco de trás do táxi de Fraga, que faz cerca de 20 corridas por dia, já foi lugar de histórias tristes, como quando duas pessoas foram a óbito, há cerca de 20 anos, por problemas de saúde. Para ele, o nascimento de Nicoly coroa um novo ciclo:Hoje padrinho da menina, o taxista conta que, na noite do parto, a distância de dez minutos entre o local onde a família da bebê mora, em Santa Teresa, e o hospital, em Laranjeiras, parecia uma eternidade.
Após o susto e sufoco, Fraga publicou o momento em seu Facebook, e a foto e vídeo do pós-parto viralizaram. No início deste mês, ele ganhou um reconhecimento da Câmara Municipal. — Corri assim que ouvi o grito da menina pedindo socorro. No minuto seguinte, eu já estava vendo a cabeça da criança, e depois ela já estava para fora. No primeiro momento, a sensação é de desespero. Só lembrei de ligar para o Corpo de Bombeiros e pedir ajuda — recorda-se o gari, há 13 anos na Comlurb, orgulhoso de ter ajudado no parto. — Quem sabe, futuramente, ao ver um gari, essa criança tenha carinho pelo profissional.
Essa foto tá errada né?!🤭
Participar do parto de um bolo ou maçã deve ser bem interessante!