Desde que a Netflix estreou a série 13 Reasons Why, em que um adolescente grava em 13 fitas as razões pelas quais decide tirar a própria vida, a controvérsia sobre o possível efeito de contágio nos mais jovens está presente. Um estudo recente alimenta os argumentos dos críticos: no mês seguinte à estreia nos Estados Unidos, em 31 de março de 2017, os suicídios na faixa dos 10 aos 17 anos aumentaram 28,9% em todo o país.
Os pesquisadores estimam que a estreia de 13 Reasons Why, cuja terceira temporada está em fase de produção, está associada a 195 suicídios a mais em 2017 entre os 10 e 17 anos. Eles não encontraram um aumento nas demais faixas etárias, o que, dizem, vai na linha de trabalhos anteriores, segundo os quais"os mais jovens podem ser particularmente vulneráveis ao contágio do suicídio”.
Fenômeno multifatorial "Não há nenhum benefício perceptível de saúde pública associado à exibição da série, e é justificada a cautela quanto a exposição de crianças e adolescentes", concluem os autores.
A Organização Mundial de Saúde estima que 62.000 adolescentes cometeram suicídio em 2016, sendo a terceira principal causa de morte no mundo entre 15 a 19 anos.
E quem decide tirar a própria vida por conta de uma série? O problema não é a série em si, mas pessoas. E os jovens que se matam sem conhecerem a série? Esses 'estudos' são meramente indutivos.
Falar sobre isso e mudar a organização, valores e sistema da nossa sociedade. O problema é multifatorial e o ambiente social excludente, fragmentado, competitivo, não colaborativo, sem seguridade... amplia os riscos e muito os riscos.
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