“Esse ato de fala, de “erguer a voz”, não é um mero gesto de palavras vazias: é uma expressão de nossa transição de objeto para sujeito – a voz liberta.”Comemorações do mês de outubro colocam evidência crianças, adolescentes, professores e alunos.
Ocorre que, lamentavelmente, minhas memórias não se remetem a imagens da infância ou da academia, nem recordam daquele educador passeando pela sala, ministrando suas aulas, discorrendo sobre sua matéria, levando-me à admiração e às boas lembranças dos bancos escolares. Ora, não parece um verdadeiro absurdo e até mesmo contraditório que, em tantos anos de vida escolar e acadêmica, não exista uma lembrança de um professor pelo qual eu tenha sentido uma identificação, considerando que a maioria da população brasileira é negra?Foram oito anos de ensino fundamental, três anos de ensino médio, cinco anos na universidade, especializações, pós-graduação, cursos, seminários,...
Por isto, para mim elas eram a referência sobre qual espaço eu poderia ocupar na sociedade à qual estava integrada.
É assim que crianças, adolescentes e adultos vão sendo formados em instituições ausentes de pluralidade e diversidade no que diz respeito a composição racial de determinados espaços, naturalizando a ausência, cerne do racismo estrutural e institucional existentes em nosso país. A omissão e ausência nos currículos criou em mim o sentimento de que não importa como pensam ou como pessoas negras compreendem o mundo. Logo, equivale-se a transparecer a ideia de que nada do que se diz e do que se faz terá relevância, advindo desse contexto o silêncio de negros e negras em sala de aula.
1AnoDaVitoria
Sem dúvida!
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