SÃO PAULO - Com a Avenida Paulista cheia e pelo menos 10 quarteirões tomados pelo público, a Parada LGBT+ de São Paulo foi às ruas com tom político e críticas ao presidente Jair Bolsonaro após dois anos de celebrações virtuais por conta da pandemia. Ao todo, 19 trios elétricos realizaram o trajeto iniciado no Museu de Arte de São Paulo e percorreram toda a rua da Consolação.
Uma das personalidades que puxou mais alto a grita anti-Bolsonaro foi a cantora drag queen Pabllo Vittar, destaque do último trio elétrico do cortejo. A artista foi acompanhada por um público fervoroso que chegou a subir em tetos de um ponto de ônibus na rua da Consolação para ter maior visibilidade da apresentação.
Apesar de cumprir agenda pública em outro lugar --- a festa junina do Centro de Tradições Nordestinas --- o governador afirmou no mesmo documento que apoia a realização da Parada do Orgulho LGBT+ e que celebrou seu retorno após dois anos de interrupção. "Rodrigo defende o respeito à diversidade e à livre manifestação de todas as pessoas, independente de raça, credo, gênero e idade".
-- Viemos para celebrar a primeira edição presencial pós-pandemia, mas principalmente para mostrar a importância de lutar por direitos. Estamos na fila para adoção de uma criança e sinto que esse ainda é um tabu na sociedade. Tenho a sorte de ser acolhido por boa parte da minha família, mas não totalmente. Temos muito que avançar - afirma Santos.
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