A diretora do Centro Washington de Pesquisa e Controle do Peso, Domenica Rubino diz que tem se sentido frustrada nos últimos três anos com o aumento da percepção de que os medicamentos que promovem a perda de peso – como o
Sem dúvida, os medicamentos análogos aos baseados em GLP-1 são eficazes para ajudar as pessoas a perder peso. Este resultado foi associado a um nível similar de reversão para os níveis originais dos pacientes, em alguns dos seus indicadores de saúde cardiometabólica – uma categoria que inclui condições como diabetes e ataques cardíacos.
Miras e outros pesquisadores fazem questão de enfatizar que isso deveria ter sido esperado. Afinal, para todas as doenças crônicas, da artrite reumatoide à asma e pressão alta, os pacientes normalmente recaem assim que suspendem seu tratamento. Segundo ele, as doses de GLP-1 fornecidas por semaglutida e tirzepatida são muito mais altas do que o corpo espera receber naturalmente. E estas doses podem suprimir a capacidade do corpo de secretar GLP-1 por si próprio.
Em um estudo, os participantes que passaram a receber injeções de placebo não só começaram a reacumular gordura do corpo, mas a sua cintura também começou a retomar o seu tamanho original. E o excesso de gordura nesta região também está relacionado a inúmeros problemas, que variam de doenças cardíacas até a resistência à insulina e a doença do fígado gorduroso .
Mas ainda não existe nenhuma evidência direta de que a composição corporal de uma pessoa seria pior depois de suspender as medicações para perda de peso do que antes de iniciá-las.Embora estas sejam as tendências gerais, a reação às medicações análogas ao GLP-1 pode variar muito de um indivíduo para outro.
"Em um ano, a perda de peso é de cerca de 8%, mas, em três anos, ela cai para 6%", explica ele. "De forma que isso parece acontecer e podemos ver também com cirurgia bariátrica ." Parte destas variações pode também se dever à existência de diferentes subtipos de obesidade. Até relativamente pouco tempo, os cientistas consideravam a obesidade uma única doença, mas, agora, especialistas de todo o mundo começaram a perceber que a realidade é muito mais complexa.E pode também haver outros efeitos benéficos duradouros.
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