"Tecnologias de vigilância e securitização e sistemas invisíveis de controle têm fortalecido a presença do ator privado como gestor do meio urbano". Foto: iStockTemos acompanhado um interesse maior nas maneiras pelas quais tecnologias digitais têm servido de suporte para a intensificação de práticas ligadas ao controle de dados pessoais, movimentos e fluxos, acessos e comportamentos.
É preciso perceber os processos pelos quais certas tecnologias são apropriadas como parte de arranjos sociotécnicos que definem a vida em sociedade e afetam a experiência no espaço das cidades. Arranjos sociotécnicos é uma expressão usada aqui para explicar a rede inseparável de atores humanos e não humanos, bem como interesses, conflitos, alianças, acordos, controvérsias, etc.
As possibilidades de combinação entre codificação, dataficação e capacidade computacional e comunicacional ampliam as capacidades de gestão e controle de fixos e fluxos. Espaços mais controláveis implicam na redefinição de fronteiras e limites territoriais, que passam a ser mais flexíveis, ao passo em que se complexificam as táticas de controle de acesso e circulação.
Além disso, desde 2014, uma nova forma de controle territorial está em vigor no Reino Unido. A chamada “ordem de proteção de espaços públicos” foi implementada como extensão de uma legislação anterior sobre comportamento antissocial e criminaliza vários tipos de atividades em áreas demarcadas para serem enquadradas nesse suposto perímetro de proteção.
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