publicado no Brasil pela Intrínseca, Daunis Fontaine é uma jovem birracial: a família da mãe é branca, e a do pai é indígena nativo americana. A autora do livro Angeline Boulley compartilha com sua protagonista a vivência dividida. Diferente dela, porém, Angeline sempre foi membro registrado de sua tribo — o povo Sault Ste.
Ela cresceu ouvindo sobre sua cultura e sua ancestralidade – conhecimento que está em cada detalhe cuidadoso de sua narrativa. Ao longo da vida, Angeline se dedicou à educação indígena, de níveis locais a estaduais. “Trabalhei para o Departamento de Educação dos Estados Unidos em Washington DC, no escritório de educação indígena. Minha função era melhorar o ensino público dos alunos nativos americanos”, explica a autora.
Sempre fui uma criança leitora e nunca me vi nas páginas de um livro. Queria escrever algo que gostaria de ter lido quando era adolescente, com uma protagonista nativa americana, mas que às vezes não se sente nativa o suficiente, com receio de não ser completamente aceita pela comunidade. Uma história para jovens adultos que falasse sobre cultura e identidade, mas também tivesse esse mistério muito envolvente.
Houve a preocupação de escrever para poder alcançar pessoas que normalmente não buscariam por obras com protagonismo indígena? No começo, pensei que minha primeira audiência deveria ser minha comunidade, meus filhos, meus ex-alunos. Mas sei que nos Estados Unidos pouco é ensinado sobre os nativos americanos, e essas informações são geralmente definidas pelo passado, contando uma história muito distorcida ou enviesada, que minimiza o impacto da colonização, a devastação de nossa cultura, idioma, famílias e governo.
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