desde a revolução de 1979, que levou os islamistas ao poder. As cantoras iranianas não tiveram escolha a não ser o exílio ou o silêncio. Embora desde o início deste século a restrição tenha sido relaxada, permitindo que as solistas atuem em apresentações somente para mulheres, mas ainda não podem se apresentar para públicos mistos ou na televisão.
Tal como acontece com a música, os obstáculos ao esporte resultam de normas obsoletas e também de costumes profundamente enraizados que até agora foram justificados na cultura e na religião.
Feministas muçulmanas insistem em que a religião é usada como álibi. “O extremismo não tem a ver com religião, mas com o poder político”, afirma Sussan Tahmasebi, cofundadora e diretora da Femena, uma organização que apoia feministas no Oriente Médio.
Para as afegãs, poder cantar é um indicador de sua liberdade e de seus direitos como cidadãs. Seus vídeos em defesa desse direito são também um pedido de ajuda para protegê-las da extinção social com que os fundamentalistas as ameaçam. A ausência de suas vozes seria ainda mais triste do que o silêncio dos trinados do melífago-regente australiano.
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