Um sóliton é uma onda compacta, que viaja sozinha a uma velocidade constante, mantendo sua forma invariável durante seu trajeto. Conceito proposto em 1834 pelo engenheiro civil e arquiteto naval John Scott Russell ao observar uma onda solitária atravessando o Canal da União, na Escócia, ele pode ser a resposta para que naves espaciais consigam encurtar distâncias viajando acima da velocidade da luz.
Segundo Lentz, não seriam necessárias energia escura ou matérias exóticas para isso.
A solução apresentada pelo astrofísico também resolve outro problema ainda sem solução. Na década de 1980, o astrofísico Carl Sagan, em seu livro, sugeriu que, se o ser humano empreendesse o que ele chamou de “viagens relativísticas” , poderíamos, contando o tempo a bordo, ir até “o centro da Via Láctea em 21 anos; a galáxia de Andrômeda, em 28 anos”.
Para ele, “em vez de 21 anos até o centro da galáxia, mediriam um tempo decorrido de 30 mil anos. [...] Talvez isso nos permitisse até circunavegar o Universo conhecido em 56 anos no tempo na nave. Retornaríamos em dez bilhões de anos para achar a Terra como a cinza de um carvão e o Sol, morto. O voo espacial relativístico torna o Universo acessível às civilizações adiantadas, mas somente para os que vão na viagem.