Na Amazônia, uma agência da ONU tem uma missão ecológica, mas seus parceiros são sujos

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Reportagem especial do New York Times investiga como o PNUD fez acordos com uma gigante do petróleo em meio a uma disputa com um povo indígena sobre exploração em uma reserva protegida

Nas bordas da Amazônia colombiana, em uma aldeia indígena cercada por plataformas de petróleo, o povo Siona enfrentava um dilema. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento acabara de anunciar um pacote de ajuda regional de cerca de R$ 10 milhões. Para a aldeia pobre, sem água encanada e com serviço instável de luz, o dinheiro significava comida e oportunidade.

Mas documentos internos e dezenas de entrevistas com funcionários atuais e antigos mostram que, em paralelo às parcerias com petrolíferas, as Nações Unidas também reprimiram a oposição local à exploração, realizaram análises de negócios para a indústria e trabalharam para tornar mais fácil para as empresas continuarem operando em áreas sensíveis.

— Temos que começar onde as economias estão hoje — disse Steiner em entrevista. — Não vejo contradições, mas há uma tensão. “Eu realmente acho que esta publicação é problemática, pois visa retratar a indústria de petróleo e gás sob uma luz favorável”, escreveu um funcionário da agência. O relatório “estava prejudicando nossa mensagem sobre energia sustentável”, dizia outro e-mail.

Os Siona de Buenavista vivem em casas de madeira na fronteira com o Equador na Amazônia. A região é palco de conflitos há gerações, e o povo vê as empresas petrolíferas como a fonte de seus problemas, atraindo tanto rebeldes de esquerda, que atacaram os oleodutos da área, quanto soldados do governo que são enviados para proteger a infraestrutura.

“Sempre tivemos um relacionamento baseado no diálogo, respeito e na formação de confiança com nossos vizinhos”, afirmou a empresa em comunicado.Erazo entendia por que o GeoPark pode querer fazer parceria com as Nações Unidas. Mas por que uma agência de desenvolvimento sustentável faria parceria com uma empresa de petróleo?

“Em um ambiente de declínio da ajuda, as receitas dos setores extrativos podem servir como uma fonte adicional de financiamento”, escreveu a agência em 2012 como parte de uma estratégia dedicada ao petróleo, gás e mineração. — “Quantos projetos você conseguiu? Quanto dinheiro você trouxe?” — lembra-se Dominic Rassool, que em 2018 deixou seu emprego como consultor técnico.Achim Steiner, o principal executivo da agência, não se desculpa pelo foco na captação de recursos.

 

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ONU, oms e os tais ispesialistas da grobo são tipo cinzeiro numa moto, não servem pra nada 🤪😂

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