Mesmo com novo reajuste, preços de gasolina e diesel seguem defasados

, não serviram para “zerar” a defasagem nos valores praticados nas refinarias brasileiras em relação aos preços internacionais. Segundo as contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a, a gasolina segue com defasagem de 37 centavos ao litro, enquanto o litro do diesel aponta para um desnível de 47 centavos.

Com o reajuste, o preço médio do litro da gasolina comercializada nas refinarias passou a 3,19 reais, avanço de 19 centavos em relação ao praticado anteriormente. Já o litro do diesel hoje é faturado, em média, a 3,34 reais, aumento de 28 centavos. Segundo Sergio Araújo, o presidente da Abicom, o patamar desajustado praticado pela Petrobras acaba prejudicando os importadores de combustíveis que atuam no mercado brasileiro.

“A Petrobras, ao contrário do que era no passado, até 2017, não reina sozinha no mercado. Existe concorrência no mercado através das distribuidoras. Quando ela não reajusta o preço e acumula defasagem, os importadores saem do mercado e a Petrobras inclusive é obrigada a importar mais para atender a demanda. E, nesse caso, acaba acumulando prejuízo”, diz um ex-diretor da companhia.

Fora isso, a Petrobras comunicou, na última semana, que, devido à “demanda atípica”, não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que teriam vindo acima de sua capacidade de produção. O anúncio, segundo Araújo, acende um sinal de alerta para as importadoras e distribuidoras e pode gerar desabastecimento de combustíveis no país no mês de dezembro, que é crucial para a retomada da economia.

O chamado preço defasado é uma falácia. Para que o preço pudesse ser chamado de defasado ele teria que estar abaixo do custo de produção/refino e distribuição mais lucro justo. Se se metade do lucro for dividido, sendo 750mil acionistas, cada um receberá 20mil de lucro.

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