Para o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta , colocar militares para conduzir a pasta durante a pandemia de covid-19 é como deixar a saúde dos brasileiros “nas mãos de jogadores de futebol ou físicos nucleares no momento de maior risco da história do país”., após divergências entre ambos em relação à resposta à doença causada pelo novo coronavírus.
Quando você rompe com isso, as cidades ficam muito sujeitas à pressão política, por conta das eleições municipais que se avizinham. Já os governadores, devido às necessidades de repasse de recursos federais aos seus estados, foram diminuindo a articulação técnica; começou a prevalecer a articulação política.
Era um conjunto todo de saber que foi trocado. Agora perderam a linha do tempo, as políticas que tinham sido iniciadas. Não foram anunciadas novas medidas porque não há competência para isso. Os militares só estão esquentando a cadeira do Ministério da Saúde para uma indicação política, provavelmente alguém do “centrão”.
Há uma denúncia de que o Exército gastou R$ 1,5 milhão para ampliar seu estoque de cloroquina, que não tem eficácia contra a covid-19 comprovada. O senhor já afirmou que não houve aval do Ministério da Saúde e que a ordem para aumentar a produção do medicamento pelo Laboratório do Exército foi tomada pelo presidente e pelo Ministério da Defesa.
Estima-se que 90% dos municípios brasileiros já tenham casos confirmados de coronavírus. Por que estados que pareciam mais “imunes” à doença, como Paraná e Rio Grande do Sul, registram agora um cenário preocupante?
Todas destruídas: Saúde, educação, meio ambiente, economia... Projeto boiada passando.
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