Certa vez, uma pesquisa realizada com eleitores de uma cidade periférica de Brasília – com índices altos de pobreza – mostrou que o principal item que definiria o voto em uma determinada eleição seria a “educação”.
Curioso com o resultado, o analista então pediu que se realizasse uma pesquisa complementar, um grupo focal, no qual eleitores típicos foram convidados para uma conversa mediada por um especialista que tinha a missão de buscar as crenças dominantes naquela sociedade. Assim, o mistério pôde ser resolvido.
O exemplo, infelizmente real, mostra a dinâmica do voto em populações com carência material elementar. Quando o básico não está universalizado, ele é distribuído assimetricamente para gerar dependência política. Vai ter gente que vai acessar os serviços públicos e outros que não vão, e são os políticos que decidem de que lado a sorte estará.
Essa questão está longe de ser uma novidade para qualquer um no Brasil, mas serve de atalho para uma discussão de primeira necessidade que é a relação entre dependência econômica e qualidade do voto. Antes, no entanto, é preciso fazer uma ressalva. Pessoas pobres e ricas são igualmente racionais para decidir seu voto, isto é, são totalmente capazes de agir conectando meios e fins.
O número de beneficiários do Bolsa Família, nesse sentido, é uma medida objetiva para avaliar o contexto de incentivos que influencia como vota boa parte dos eleitores brasileiros.
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