Haddad: Ajuste fiscal precisa ser feito, mas não em cima do trabalhador desta vez

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Ministro se referiu ao julgamento do STJ, que analisa se a União pode cobrar Imposto de Renda e CSLL sobre os ganhos obtidos com os benefícios concedidos pelos Estados

precisa ser feito no Brasil, "mas dessa vez não pode ser feito em cima do trabalhador". "Sempre que tem ajuste fiscal, quem paga é quem ganha salário mínimo, quem está desempregado. Estamos fazendo a coisa certa: fazendo quem não paga imposto, pagar", afirmou o ministro.

Ele se referia ao julgamento do Superior Tribunal de Justiça , que analisa se a União pode cobrar Imposto de Renda e CSLL sobre os ganhos obtidos com os benefícios concedidos pelos Estados. Mais cedo, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal , indicado à Corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro , determinou a suspensão do julgamento do STJ. Questionado, Haddad disse que não ia comentar decisão de magistrado, mas declarou que o STJ, "senhor da situação, decidiu levar o assunto a julgamento".

A União aguarda arrecadar quase R$ 45 bilhões caso sua tese saia vencedora do julgamento, mas estimativas de mercado indicam que o valor pode ultrapassar R$ 60 bilhões ao ano. "Essas pessoas estão sonegando imposto. Tem de voltar a pagar o que sempre pagaram a vida inteira", afirmou o ministro, se referindo a um "buraco" no orçamento federal que teria sido aberto após a mudança de interpretação, que está prejudicando "quem depende de serviços públicos".

 

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