, tenente-coronel Mauro Cid, confirmou à Polícia Federal que o governo passado não tirou o olho do presidente do Tribunal Superior Eleitoral , como um stalker com fetiche golpista, após a eleição. Isso indica, para desespero da narrativa da extrema direita, que era Jair que perseguia Alexandre de Moraes, e não o contrário.
No grande ato para passar pano ao golpismo, em 25 de fevereiro, na avenida paulista, Bolsonaro tentou vender a ideia de que a minuta desse decreto, que previa Estado de Sítio e a prisão de Moraes, era uma bobagem. O documento foi apresentado por ele aos comandantes do Exército, da Força Aérea e da Marinha, em 7 de dezembro. Os dois primeiros não embarcaram, o terceiro teria topado.
A beleza do crime de tentar um golpe de Estado é que você só precisa tentar. Até porque, se consumar o golpe, já era. O software israelense First Mile, com o qual o governo Bolsonaro espionou políticos, magistrados, advogados, jornalistas e membros de organizações sociais, teria sido usado de 2019 a 2021. E Moraes teria sido um dos alvos, mostrando que o fetiche golpista contra ele era prática recorrente.
Ou seja, o novo monitoramento após as eleições de outubro de 2022, visando à prisão de"Xandão", pode ter ocorrido à moda antiga, com agentes seguindo Moraes. Tento imaginar a imagem com seriedade, mas só lembro de cenas de desenho animado, envolvendo um coiote e um papa-léguas.Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
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