Golpe militar, 60 anos: os pastores evangélicos perseguidos pela ditadura

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Com polarização extrema na sociedade, pastores e fiéis foram denunciados ao governo militar por membros das próprias igrejas.

. A sensação era de perda total de controle sobre minha capacidade mental, racional, e sobre os meus movimentos. Era insuportável!"que sofreu durante os 21 dias em que ficou preso em São Paulo no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna , uma agência de repressão política subordinada ao.

Além das suspeitas de infiltração comunista, ele entrou na mira do regime por auxiliar na proteção de perseguidos políticos que buscavam o exílio e informar às redes ecumênicas internacionais sobre o que acontecia nas prisões da ditadura brasileira."Forçaram-me a tirar minha roupa e me colocaram na 'cadeira do dragão'.

"Muito cedo tive que aprender o que era a ditadura para entender porque eu e minha mãe mudávamos de casa e não tínhamos residência fixa até meus 4 anos. Só falava com meu pai por carta ou por fita cassete", contou.

Em vez disso, essas lideranças pregavam a responsabilidade das igrejas diante de mudanças políticas e a luta por justiça social. Houve uma cisão de posições ideológicas dentro das igrejas como estava acontecendo na sociedade brasileira, diz Souza. Movimentos semelhantes aconteceram em outras denominações protestantes, entre elas a batista e a metodista.

Comissão Nacional da Verdade investigou abusos e a violação de direitos humanos cometidos na ditadura O colegiado que investigou as violações ocorridas durante os anos de autoritarismo afirma ainda que os agentes da repressão denominavam “progressistas” tanto católicos quanto protestantes, por conta de ações consideradas “contestação ao regime vigente e às autoridades constituídas”.

Por um lado, parte da cúpula da Igreja Católica apoiou os militares. Por outro, muitas lideranças e fiéis católicos foram personagens importantes na resistência e foram perseguidos por isso.Assim como Anivaldo Padilha, Zwinglio Dias, pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil , também foi preso, no DOI-Codi no Rio de Janeiro, onde sofreu tortura psicológica.

Ele foi acusado de subversão e ficou 15 dias detido nas dependências da Operação Bandeirantes e no Departamento de Ordem Política e Social , em São Paulo.

 

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