Famílias que moram no 1º leprosário do Brasil recebem notificações de despejo durante a pandemia

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Advogada diz que ex-funcionários e ex-pacientes vivem no local há décadas: 'não são meros invasores, como diz o governo de SP' G1

Casas para casais que eram internados juntos no leprosário Santo Ângelo. Atualmente, o local é um bairro afastado dentro do Hospital Dr Arnaldo Pezzuti — Foto: Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz

As casas ficam no terreno que faz parte do Hospital Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, onde até 1986 funcionou o Sanatório Santo Ângelo. Inaugurado em 1928, o edifício foi o primeiro leprosário do Brasil – uma colônia afastada das cidades onde pacientes de hanseníase eram internados à força por tempo indeterminado.

Procurado pelo G1, o governo de São Paulo afirmou que dona Nanci e suas vizinhas são ex-funcionárias do hospital e que, desde que se aposentaram, não têm mais o direito de morar nas terras. "Não são pessoas que chegaram no terreno por conta própria. Elas foram colocadas ali pelo Estado, e as terras serviram de cárcere. Depois, muitos dos seus familiares que hoje vivem na casa são filhos que nasceram dentro do local. Não são meros invasores, como diz o governo", diz a advogada.

"Quando sai o morador, e a casa desocupa, o estado esquece dela, fica abandonada", diz Marilisa, de 32 anos, que vive no local. A mãe dela é uma das que receberam a notificação. Outros moradores reclamam de mato crescido, sujeira no terreno, criminalidade e insegurança. Sanatório Santo Ângelo, o primeiro leprosário construído no Brasil pelo governo para isolar pacientes de hanseníase, fundado em 1926. — Foto: Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz

O Programa Nacional de Controle da Hanseníase, que determinava a internação e isolamento compulsório do paciente, passou por total reestruturação em 1986, quando os 41 leprosários construídos por todo o país foram proibidos. Mesmo sem se reintegrar à sociedade, a família viveu em Jundiapeba por mais de 20 anos. As irmãs de Gislene se casaram e saíram de casa, mas a cuidadora conta que escolheu ficar com os pais para cuidar deles.Casas do antigo leprosário Santo Ângelo, construídas em 1926, hoje abrigam famílias de pacientes egressos. — Foto: Fundação Oswaldo Cruz.

 

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Que absurdo.

Gestão Doria

Na época que o tratamento para a Hansen era inexistente muitas pessoas,enfermas ou não,foram forçadas a se internar nesses locais para geralmente viver jogadas sem assistência médica e sofrendo todo tipo de humilhação.Mesmo assim fizeram dali um lar. É muita covardia despeja-las.

Doria em seu pacote de maldade diário nunca falha. Ele deve ter um secretário para maldades diárias.

O terreno é objeto de litígio entre o governo do Estado e uma mineradora, ou seja, querem quê às famílias se danem. São os mais pobres são que sempre saem prejudicados.

Nossa!! Eu já fui lá diversas vezes levar doações que o Rotary sempre arrecadava. Que judiação destas famílias. Elas realmente moram há anos aí!

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