São pouco mais de 4h30 da madrugada, mas no 811 da rua South Perry de Montgomery já começou a movimentação. Três homens rezam de joelhos na escuridão, de costas para um edifício baixo e envelhecido que abriga uma das três únicas clínicas de aborto no Alabama. Chega um quarto, David Day − como se apresenta −, com uma câmera GoPro no peito e um cartaz com a imagem de um feto ensanguentado nas mãos. Fica de pé.
Na calçada em frente, Robyn Blessing e um companheiro acabam de estacionar, como toda sexta-feira, um motorhome que anuncia testes de gravidez e ultrassonografias grátis.
O que ocorre às sextas-feiras nesse centro pode virar crime dentro de seis meses, se entrar em vigor a lei que o Alabama aprovou na terça-feira, proibindo categoricamente o aborto − mesmo em casos de incesto ou estupro −, exceto se a mãe correr risco de morte, com penas de até 99 anos de prisão para o médico que violar a proibição. Mas a sensação de ilegalidade e clandestinidade já é evidente nesta parte dos EUA.
A medida foi aprovada pelo Senado estadual com o voto a favor de 25 homens brancos republicanos, que são maioria nessa Casa. Seis democratas votaram contra. Mas a batalha do aborto é muito mais que uma questão de gênero no Alabama.
Nenhum Estado pode tomar para si a posse do corpo de um ser humano, mulher ou homem. Essa lei é um produto de uma concepção de mundo escravagista, inaceitável em uma sociedade civilizada.
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