pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, por seus bons demonstrativos relacionados aos efeitos colaterais, a Coronavac ainda precisa apresentar os resultados de eficácia em relação à geração de anticorpos. Isso só vai acontecer quando 61 voluntários forem infectados pelo coronavírus – uma fração de segurança que deve ser atingida entre novembro e dezembro, espera Covas.
CartaCapital: Para além das discussões recorrentes sobre a eficácia das vacinas que estão em fase 3, a discussão também gira em torno do tempo útil de análise pela Anvisa até a liberação. Como funciona isso dentro da agência? Poderia me dar um panorama do processo?Para uma vacina de interesse público, como no caso da Covid e de outras, a Anvisa se propõe a acompanhar principalmente a realização da fase 3.
CartaCapital: Quais seriam as consequências de uma “influência política”? O que você quer dizer com isso?A Anvisa faz parte de uma comissão internacional de avaliação de produtos. Um produto avaliado pela Anvisa tem facilidade de ser aceito pela FDA, EMA e vice e versa, porque já tem o aval de uma agência regulatória que cumpre todos os requisitos.
A Anvisa não tem isso, mas tem que escrever muito bem uma justificativa do porquê da aceitação ou não, e tem que ter um cronograma de casos. Ou seja, após receber todos os produtos, em 30 dias ou 60 dias, eu dou um parecer para não ficar empurrando com a barriga ou exigir documentos a mais. Senão para enrolar é fácil. Pede um documento, pede outro, e cai na burocracia fácil.
Outras vacinas tem o papel de eliminar a transmissão. Quando você toma a vacina do sarampo, não vai transmitir mais o sarampo para outras pessoas, por exemplo. Tem que se analisar ao que a vacina se propõe. Para isso existem as exigências para verificar se ela elimina a transmissão ou se ela evita um caso grave. E sempre depende da força de transmissão.
As vacinas em teste certamente não estarão prontas até o final deste ano. Em 2020, acho que não vai ser aplicada nenhuma dose de vacina em qualquer grupo que seja. A gente tem essa tradição. Nós temos o programa mais amplo do mundo. A única vacina não incluída no Plano Nacional de Imunização é a vacina da meningite-B. Todos os demais, o setor privado ou público, tem acesso a todas as vacinas.
Ninguém é obrigado.
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