Enem mais negro: por que número de candidatos pretos e pardos cresceu ao longo dos anos

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Parcela de negros entre os inscritos na prova saltou de 51% para 60% entre 2010 e 2016 g1

Parcela de negros entre os inscritos no Enem saltou de 51% para 60% entre 2010 e 2016 — Foto: Ascom/UFSJ

Seria o forte aumento no número de candidatos — que saltou de 4,6 milhões para 8,6 milhões em apenas seis anos — que estaria ampliando o acesso de grupos antes excluídos? Doutor em educação pela USP e pesquisador do Inep, órgão responsável pela realização do Enem, Senkevics descobriu que cada um desses três fatores contribuíram para a mudança, ainda que com pesos distintos.

"Trata-se de um fenômeno cultural brasileiro, que é a assunção cada vez maior da identidade e do pertencimento negro, num país historicamente racista e cujo racismo foi apoiado num processo de 'embraquecimento' histórico, de negação de identidades raciais negras e indígenas e desvalorização da história e cultura dessas parcelas da população", acrescenta.

"O perfil de quem termina o ensino médio foi se tornando cada vez mais heterogêneo e representativo da população", observa o especialista em educação. "O jovem de classe alta, de família mais escolarizada, já fazia o Enem. A novidade é que vai entrando um perfil novo, que vai aumentando sua presença cada vez mais nesse período.

Entre os estudantes que prestam o Enem uma ou duas vezes, há pouca diferença no perfil racial, com brancos superando pardos em cerca de 1 ponto percentual. O pesquisador destaca alguns indicadores que mostram as dificuldades dos candidatos negros no Enem: pretos e pardos têm taxas de abstenção maiores nos dias de provas e médias de desempenho menores, em relação aos brancos.

O pesquisador observa que vários dados sugerem que essa reclassificação tem pouca relação com possíveis tentativas de fraude. "Enquanto isso, toda a questão da valorização da negritude vem muito em cima da ideia de ser preto. Então é uma categoria que tem uma militância maior, em torno da qual a conscientização racial se construiu e que marca mais uma diferença com relação ao branco."

 

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Agora da cotas pra pardos tb

Estranho, a direita usa há anos um vídeo n Youtube para falar que pardos não são negros quando se fala de 'números de negros nas universidades' tudo por conta de 'uma grande estratégia de Satanás, buuuuu'.

ideiacheck

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