O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou na delação premiada à Polícia Federal que o deputado federal Chiquinho Brazão está ligado ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, em 2018. A citação ao parlamentar foi o que motivou o deslocamento do caso do Superior Tribunal de Justiça para o Supremo Tribunal Federal , segundo relatou uma pessoa com acesso ao inquérito no tribunal.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completou seis anos na quinta-feira passada, dia 14. Embora os apontados como o autor dos disparos e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 no Rio de Janeiro estejam presos, ainda falta saber quem mandou matar Marielle. O ex-policial militar Élcio Queiroz, que é acusado de ter pilotado o carro usado na execução, também fechou acordo de delação premiada com os investigadores. Em 14 de junho deste ano, ele admitiu a participação no crime e forneceu novos detalhes da execução aos investigadores.
Segundo Queiroz, o ex-policial militar Edmilson Oliveira da Silva, mais conhecido como"Macalé", teria sido responsável por convidar Lessa a matar Marielle e por ceder o carro utilizado nas execuções. A delação ainda cita que Macalé e Suel eram responsáveis por monitorar os passos da vereadora. Ele foi assassinado na Zona Oeste do Rio em novembro de 2021, após receber diversos disparos de homens dentro de um veículo BMW branco.
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